Raras pequenas empresas são criadas com razões ligadas ao empreendedorismo já que a maoria é motivada por lucro.
Hoje as mudanças ligadas à inovações tecnológicas e culturais e mudança de comportamento do consumidor vem mudando o mundo dos negócios, assim como o perfil de empreendedores e também as lideranças.
O que podemos ver hoje, sobretudo nas micro e pequenas empresas, é uma gestão que depende do acaso, sem conhecimento de negócios, habilidades mentais e emocionais, planejamento e estratégia.
Além desses fatores que também são responsáveis por essa mudança na forma de fazer negócios, temos um ativo muito importante, tanto quanto dinheiro em si, o tempo. Saber utilizar o tempo a seu favor requer organização, prioridades e clareza mental.
O tempo vem passando, as pessoas já notaram e sentem na pele e nos resultados toda essa mudança, mas ainda não sabem o QUE e COMO fazer. Juntamos à isso, a sobrecarga com o acúmulo de atividades e decisões, a falta de conhecimento e treinamento, levando à ansiedade, acúmulo de trabalho, vida pessoal segregada da profissional e um profundo vazio.
Quando falo dessa realidade tão conturbada, mas também vazia, quero dizer que não existe receita mágica e pronta para se liderar um negócio ou uma área ou até a si mesmo. É preciso autoconhecimento (sem falar mais do mesmo), ação correta e conhecimento de pessoas, pois são elas o motor principal do desempenho de um negócio.
Se você sabe pouco a respeito do que tem que ser feito na sua empresa, ela refletirá essa limitação.
Para a sua empresa mudar, você precisa mudar primeiro.
Todos sabemos que não é um processo fácil, principalmente quando precisamos descontruir paradigmas. Mas, é necessário e você tem que estar pronto para evoluir dia a dia, pois falamos de um processo e não uma solução mágica. Essa solução não existe e quanto mais tempo você reluta, mais tempo, dinheiro e saúde você perde.
Sua empresa é reflexo de quem você é.
Nesse contexto podemos afirmar que nem todo empresário é empreendedor e nem todo empreendedor é, necessariamente, empresário.
Para exemplificar um pouco mais o que estamos falando, podemos abordar uma realidade bem comum. Profissionais de excelente qualidade técnica muitas vezes tem o sonho de montarem o próprio negócio, “deixar de trabalhar para os outros”, sonhando com mais dinheiro e também mais liberdade.
Acontece que muitas vezes não vem nem um, nem outro. Junto com uma empresa vem responsabilidades que antes o técnico não tinha afinidade, como gestão de pessoas, de recursos, de dinheiro, burocracias e todas as infinitas atividades que aparecem dia a dia. Não só o trabalho aumenta, como a preocupação em como fazer isso tudo acontecer, a falta de tempo, de recursos para investir em conhecimento e trabalhar suas habilidades e daí para frente tudo torna-se um problema, a chamada “bola de neve”que vai crescendo aos poucos, adoecendo a empresa e o seu dono.
Lembre-se a empresa não é um lugar onde se vai para trabalhar e sim um negócio que depende de diversas ações, planejamento e estratégias. Cuidado, pois você pode se tornar seu próprio empregado.
Um outro fato muito importante que acontece com recorrência é o amor pelo negócio que traz um “estrabismo crônico”. Você ama tanto a sua marca, o conceito que você criou na sua cabeça e mesmo sabendo que você precisa de uma ajuda técnica e especializada (e muitas vezes você acha que não é necessário investir nisso) você sabota o processo.
É aquele empresário que por mais que receba instruções, novas alternativas para planejar e criar novas estratégias, ele não executa porque no fim a razão vem dele, afinal foi ele quem criou aquela marca, ele sempre fez “da sua maneira”, quem poderia saber mais do que ele? Essa é uma postura muito comum, empresários na defesa, por amor, por ideal, por apego, que não controla dados, nem números, mas deveriam, pois eles sempre dão a resposta.
Quando você busca ajuda é preciso se abrir para escutar novas ideias, conceitos, tentar novas formas de fazer porque nem sempre você precisa ou vai ter razão e vai saber tudo. E é nesse contexto que tenho defendido tanto a educação e o autoconhecimento para desenvolvimento de autoresponsabilidade, identificar enxergar limitações do seu perfil, atacar o ponto cego do negócio e relamente fazer o que precisa ser feito.
Tenho recebido muitos empresários que realmente gostariam de desenvolver seu perfil empreendedor o que entendo por desenvolver segurança para correr riscos, ter sua mente treinada e aberta para criar, reconhecer feelings que muitas vezes lhe trarão respostas, saber contratar e delegar com convicção, saber reconhecer suas emoções e entender os limites físicos e mentais, além é claro das habilidades próprias de um negócio como controles financeiros, de dados e planejamento. Esses são os empreendedores do futuro… não banalizem mais o termo empreendedor, ao contrário disso, saia do lugar de onde você está para ser um, procure ajuda, insvista em você e no seu negócio e assim você desenvolverá sabedoria para tomar as decisões que precisem ser tomadas.