Não é novidade nenhuma que a pandemia acelerou mudanças comportamentais no ambiente operacional e, consequentemente, na forma de fazer negócios e na economia.
A ausência de educação emocional da sociedade, o domínio de informações nas mãos de poucos e a aceleração de dados e mudanças na forma de consumo, somados a um vírus que veio mostrar que nenhum de nós somos possuidores do controle que achávamos que tínhamos, tem deixado as pessoas doentes, mais ansiosas, estressadas, depressivas, com medo do presente e do futuro. A OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou em 2019 Burnout como uma doença ligada ao trabalho.
Nesse cenário, as empresas, importantes ativos da economia mundial, se depararam com necessidades das quais não sabiam como atender. A área de Recursos Humanos, acostumada com processos e avaliações para contratação e desenvolvimento de seus colaboradores, se viu em momentos únicos e completamente atípicos com a mudança na forma de trabalhar, perda de pessoas, lutos e lideranças despreparadas. Mais uma vez experimentamos o sabor do descontrole, que justamente vem como consequência de um sistema, com regras e ferramentas arcaicas que não acompanham a realidade.
Nessa nova realidade, não só esse cenário de cuidado individualizado da saúde mental das pessoas, como também a forma como nossa economia funciona, o capitalismo, vem acendendo o alerta vermelho.
Empresas são formadas por pessoas e essas são a parte mais importante do negócio, pois se relacionam com outros, tem total potencial de inovação e criatividade se bem trabalhados e são influenciadores de consumo. As empresas esperam mais dos colaboradores e esses também esperam uma reciprocidade mais ativa das mesmas e é, justamente aí que se encaixa o cuidado com suas mentes, com seus “soft skills”. É nesse sentido que precisamos de lideranças mais conscientes, empresas que geram valor para todas as partes envolvidas, que atuam com valores em toda sua cadeia produtiva, sem ação apenas para cumprimento de pauta.
O que não é mais congruente tem caído por terra. O CEO da Black Rock, Larry Fink, em sua carta para CEOs diz:
“Nunca foi tão essencial que os CEOs tenham uma voz consistente, um propósito claro, uma estratégia coerente e uma visão de longo prazo. O objetivo da sua empresa é definir seu rumo neste ambiente turbulento.”
As empresas que criam cenários competitivos com incentivo e cuidado com a saúde emocional dos seus colaboradores, traz o valor gerado para mais de uma parte, exatamente como prevê o capitalismo para stakeholders.
Além da questão de saúde mental, os CEOs estão lidando com novas pautas sociais como questões raciais, direito das mulheres e todas os fatores importantes para que uma empresa seja realmente um ator ativo na economia e no social. E então surge o questionamento… setores de Recursos Humanos e Lideranças estão preparados para guiar todas essas pessoas, sejam colaboradores ou toda a sociedade que se relaciona com seu produto ou serviço?
A questão é muito mais profunda e requer cuidados inteligentes para que se cumpra esse papel. Nós do Efeito Consciência propomos o Autoconhecimento e a Inteligência Vibracional como suporte nessa jornada, atuando diretamente com colaboradores e com lideranças, pois esse trabalho deve ser construído. Expandir consciências para quebrar velhos e limitantes paradigmas requer conhecimentos específicos e mudanças que a própria empresa não saberá como fazer sem a ajuda de especialistas.
Nossa humanidade precisa de uma mudança de comportamento para prosperarmos de forma sustentável e inteligente. O futuro começou já faz tempo e estamos atrasados nessa busca.
Cada dia mais escutamos de empresários e colaboradores com quem trabalhamos suas necessidades de maior conexão, de desenvolver habilidades emocionais, de conseguir contratar de forma mais inteligente (o que não é uma contratação operacional e baseada em avaliações limitadas), de construir uma escuta ativa nos seus times, de estimular a colaboração com valores muito mais fortes, de ser entendido como indivíduo e não como um cargo.
O mundo e as relações, sejam pessoais ou profissionais, clamam por uma integralidade que não está existindo na prática, os trabalhadores e as empresas não sabem trabalhar dessa maneira, pois sempre nos ensinaram que é preciso separar o pessoal do trabalho e no fim das contas, somos pessoas, somos humanos e isso é impossível.