Nesse artigo vamos falar do real Poder que nós temos e pouco usamos, sobretudo no meio empresarial, pois nele, fomos acostumados a um Poder mais dominador, forte e baseado em uma relação de que um precisa perder para o outro ganhar, heranças essas de uma grande era dominada pelo patriarcalismo e o militarismo.
Nesse contexto histórico, precisamos repensar as bases do capitalismo que foi definido em busca de interesses egoístas, materialistas e de pessoas com mentes fechadas e esse é o primeiro passo no desenvolvimento de negócios cujo objetivo é elevar a humanidade, atendendo às necessidades reais, oferecendo trabalho significativo, espalhando prosperidade e mais humanização, além de criar valor para todos os que participam de uma relação, seja de forma direta ou indireta. Essa é a alma dos negócios do Futuro e a expressão de um Poder verdadeiro e integral.
A grande maioria dos negócios que tivemos ou fazemos são taxados por altos níveis de medo e estresse, eles adoecem, geram uma competição desleal, colocam os números à frente das pessoas, neles “negócios são negócios e vida particular vem à parte”.
Até quando trataremos as pessoas como se devessem viver vidas paralelas? Será mesmo que isso é saudável? É produtivo? Somos seres integrais e não precisamos de provas, dados ou estatísticas para termos a plena certeza de que o que vivemos na nossa vida privada, seja um divórcio, uma doença, uma briga ou até os bons resultados dos filhos no colégio ou o ganho de um dinheiro extra, afetam sim o nosso dia a dia.
Os sentimentos do homem são combustível para sua mente. A mente subconsciente, responsável por cerca de 90 a 95% da nossa mente, trabalha com os sentimentos das ações e informações que captamos a todo momento, porém, ela não tem a capacidade de filtrar o bom do ruim, o certo do errado e a partir daí criamos códigos, crenças, paradigmas que irão nos acompanhar nas nossas decisões e ações.
Quando propomos seres integrais trabalhando de forma integral, passamos a considerar o verdadeiro Poder e dele deveriam se apropriar líderes e times que precisam acompanhar as mudanças cada vez mais rápidas que estamos vivendo na vida como um todo. E o que nos levaria a essa integralidade? Complementar as “hard skills”com o desenvolvimento de “soft skills”.
As “soft skills”são habilidades interpessoais, capazes de nos desenvolver e nos conectar com essa potencialidade inata que está dentro de nós. Precisamos de mais, precisamos a aprender como nossa mente funciona, como somos capazes de alterar nossa realidade, como a inteligência vibracional pode ser nossa aliada ao tomar decisões e agir de forma consciente. Esse aprendizado nunca foi colocado em primeiro lugar, sobretudo no mundo corporativo, porque a mentalidade era lucrar. Hoje, lucrar é consequência e saúde mental afeta a sociedade e as empresas.
É preciso que as lideranças ultrapassem sua zona de conhecimento e sejam exemplos a serem seguios por seus liderados. Precisamos de uma abordagem de competências de dentro para fora, para suprir todo o paradigma de uma liderança que nasceu do patriarcado, originada no pensamento militar e por isso, com excesso de valores masculinos. Por isso, falamos no desenvolvimento de “soft skills”. Isso não é moda, nem marketing de fachada para empresas que querem ter uma boa reputação, isso é a necessidade de expansão de consciência.
Ao falarmos de necessidade de expansão de consciência, desenvolvimento de “soft skills” e assumir nosso poder inato, estamos falando também em trazer um equilíbrio entre características historicamente consideradas masculinas com as femininas, que foram excluídas e estigmatizadas no mundo corporativo. Essas qualidades femininas despertam para decisões e ações que incluem, nutrem, são criativas, intuitivas e totalmente conectadas com sua força interior.
E nesse quesito preciso dizer que somos muito mais que nossos gêneros. As qualidades inatas femininas não quer dizer que não existam homens que as tenham, assim como também existem mulheres que lideram como homens e o gap está em justamente desassociar vida profissional da pessoal, não tratar seu time e seus companheiros de trabalho como interessados no mesmo objetivo, viver no futuro com medo e estresse, encarar lucro como meio para se fazer negócios.
E é justamente nessa dissociação e distanciamento da clareza que você usa de um poder limitado, se escondendo atrás do seu Ego para manter um “falso poder”e se sentindo ameaçado por qualquer outro que tenha poder.
Casey Sheahan, ex CEO da Patagônia, empresa de vestuário, considerou em sua gestão que ao compor sua equipe com 55% de mulheres e 45% de homens ele dividiu a energia da empresa em dois pontos:
“O primeiro é o que chamo de energia ambiciosa masculina e o segundo, que no fim das contas considero mais poderoso, a energia criativa feminina. A primeira é uma energia que vem de atrito e a segunda é mais consciente, inspirada por paixão e um propósito maior”.
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O que precisamos aqui alertar é que a necessidade de mudança que a humanidade e as empresas com o papel relevante que tem na economia e na influência na vida de muitos está longe de trazer esse equilíbrio. Esse pode se dar pelo desenvolvimento dessas habilidades através de empresas e profissionais especializados como o Efeito Consciência (www.efeitoconsciencia.com) , mas também trazendo mais mulheres para as nossas lideranças.
Segunda matéria da Forbes de 06 de outubro de 2021, “uma análise de todas as companhias listadas na bolsa paulista revelou que 61% delas não têm uma única mulher no corpo executivo”.
É nesta realidade entre necessidade x integralidade que precisamos repensar a forma como fazemos negócios, como desenvolvemos pessoas e como precisamos ser líderes mais conscientes que passaremos a um patamar de empresas verdadeiramente sustentáveis e elevadas.
Eu te convido a espalhar esse movimento que tanto precisamos!